Um dia acorda e toma coragem Coragem para procurar o que sempre desejou Chega uma hora que suas fantasias querem se tornar realidade Um dia encontra alguém com quem tudo se torna vivo Alguém que tem a cara de com quem você sempre sonhou Todo o vazio some O tempo não demora tanto a passar O silencio não dói como antes A espera é plausível Poder sorrir por ele existir Chorar talvez por angustia Chorar talvez por insegurança As lagrimas são boas Uma euforia que me deixa calma Nada de desespero A minha admiração cresce A minha vontade de sentir ele dentro de mim A ponto de me fazer gozar Tenho vontade de sentir dor Tenho vontade de sentir carinho Tenho vontade de sentir seu corpo A cada minuto a vontade aumenta Tudo parece fazer sentido Sou dele Sou Sub Ao meu Senhor!
sábado, 7 de julho de 2007
sexta-feira, 6 de julho de 2007
Tenho Tanto Sentimento
Tenho tanto sentimento Que é freqüente persuadir-me De que sou sentimental, Mas reconheço, ao medir-me, Que tudo isso é pensamento, Que não senti afinal. Temos, todos que vivemos, Uma vida que é vivida E outra vida que é pensada, E a única vida que temos É essa que é dividida Entre a verdadeira e a errada.
Qual porém é a verdadeira E qual errada, ninguém Nos saberá explicar; E vivemos de maneira Que a vida que a gente tem
Fernando Pessoa
quinta-feira, 5 de julho de 2007
quarta-feira, 4 de julho de 2007
terça-feira, 3 de julho de 2007
segunda-feira, 2 de julho de 2007
Pacto de Almas
Ah! para sempre! para sempre! Agora não nos separaremos nem um dia... Nunca mais, nunca mais, nesta harmonia das nossas almas de divina aurora.
A voz do céu pode vibrar sonora ou do Inferno a sinistra sinfonia, que num fundo de astral melancolia minha alma com a tua alma goza e chora.
Para sempre está feito o augusto pacto! Cegos serenos do celeste tato, do Sonho envoltos na estrelada rede,
E perdidas, perdidas no Infinito as nossas almas, no clarão bendito, hão de enfim saciar toda esta sede ...
É livres, livres desta vã matéria, longe, nos claros astros peregrinos que havemos de encontrar os dons divinos e a grande paz, a grande paz sidérea.
Cá nesta humana e trágica miséria, nestes surdos abismos assassinos teremos de colher de atros destinos a flor apodrecida e deletéria.
O baixo mundo que troveja e brama só nos mostra a caveira e só a lama, ah! só a lama e movimentos lassos...
Mas as almas irmãs, almas perfeitas, hão de trocar, nas Regiões eleitas, largos, profundos, imortais abraços! Alma das almas, minha irmã gloriosa, divina irradiação do Sentimento, quando estarás no azul Deslumbrarnento, perto de mim, na grande Paz radiosa?!
Tu que és a lua da Mansão de rosa da Graça e do supremo Encantamento, o círio astral do augusto Pensamento velando eternamente a Fé chorosa;
Alma das almas, meu consolo amigo, seio celeste, sacrossanto abrigo, serena e constelada imensidade;
entre os teus beijos de etereal carícia, sorrindo e soluçando de delícia, quando te abraçarei na Eternidade?! Cruz e Sousa