segunda-feira, 2 de julho de 2007

Pacto de Almas

Ah! para sempre! para sempre! Agora não nos separaremos nem um dia... Nunca mais, nunca mais, nesta harmonia das nossas almas de divina aurora.

A voz do céu pode vibrar sonora ou do Inferno a sinistra sinfonia, que num fundo de astral melancolia minha alma com a tua alma goza e chora.

Para sempre está feito o augusto pacto! Cegos serenos do celeste tato, do Sonho envoltos na estrelada rede,

E perdidas, perdidas no Infinito as nossas almas, no clarão bendito, hão de enfim saciar toda esta sede ...

É livres, livres desta vã matéria, longe, nos claros astros peregrinos que havemos de encontrar os dons divinos e a grande paz, a grande paz sidérea.

Cá nesta humana e trágica miséria, nestes surdos abismos assassinos teremos de colher de atros destinos a flor apodrecida e deletéria.

O baixo mundo que troveja e brama só nos mostra a caveira e só a lama, ah! só a lama e movimentos lassos...

Mas as almas irmãs, almas perfeitas, hão de trocar, nas Regiões eleitas, largos, profundos, imortais abraços! Alma das almas, minha irmã gloriosa, divina irradiação do Sentimento, quando estarás no azul Deslumbrarnento, perto de mim, na grande Paz radiosa?!

Tu que és a lua da Mansão de rosa da Graça e do supremo Encantamento, o círio astral do augusto Pensamento velando eternamente a Fé chorosa;

Alma das almas, meu consolo amigo, seio celeste, sacrossanto abrigo, serena e constelada imensidade;

entre os teus beijos de etereal carícia, sorrindo e soluçando de delícia, quando te abraçarei na Eternidade?! Cruz e Sousa

Um comentário:

Unknown disse...

Muito bom o seu blog..adorei.....
e obrigada.....
agradeço .......
beijos