domingo, 19 de agosto de 2007

Meu corpo teu ninho

A simples lembrança dos teus dedos na minha nuca me arrepiam Teu cheiro me habita a alma e meu peito, arfante, te recebe. Me abraça, vem dormir comigo Me ajuda a apagar do peito aquela dor do querer. A noite se instala em mim. Lá fora, apenas o silêncio da noite do teu olhar. Vem. Ocupa com teu corpo esse abrigo que te chama. Volta a ser minha morada, teu abrigo Faz de mim tua caverna, teu porto seguro. Faz do meu corpo teu ninho. Atordoada pelas saudades crescentes, meu corpo todo se ouriça à tua procura.

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